Em Bandeirantes, a política local é palco de novas denúncias que reforçam a imagem de instabilidade e má gestão no município. Com o prefeito eleito, Álvaro Urt, impedido judicialmente de tomar posse, a prefeitura é ocupada interinamente por Marcelo Abdo, atual presidente da Câmara. No entanto, a administração interina tem enfrentado críticas intensas por práticas que relembram as irregularidades da gestão anterior.
A polêmica começou quando Urt, prefeito eleito em 2020, teve seu mandato cassado em meio a acusações de perseguição política. Na época, o então presidente da Câmara, Gustavo Sprott, assumiu a prefeitura. Sua gestão foi marcada por investigações de desvios de recursos públicos e terminou com uma derrota nas urnas em 2024, quando ficou em terceiro lugar na disputa pela reeleição.
Mesmo após a saída de Sprott, as práticas administrativas contestadas parecem ter continuado. A atual gestão interina manteve quadros da administração passada, o que gerou suspeitas de irregularidades em contratos recentemente firmados. Entre as principais acusações estão possíveis fraudes em licitações e desvios de verba pública.
A população da cidade tem demonstrado crescente insatisfação, cobrando transparência e ações efetivas para frear as supostas irregularidades. Organizações locais estão se mobilizando para pressionar o Ministério Público, que acompanha as denúncias relacionadas ao período de gestão de Sprott.
Enquanto a decisão sobre o futuro político de Álvaro Urt é aguardada, o clima de incerteza persiste em Bandeirantes. Para analistas políticos, a ausência de uma solução definitiva agrava o cenário de desconfiança na administração municipal, comprometendo ainda mais a governabilidade e a confiança da população.