Desde o último sábado (17), um incêndio de grandes proporções tem devastado a vegetação de propriedades rurais nas proximidades dos municípios de Camapuã e São Gabriel do Oeste, em áreas localizadas na região da Cachoeirinha e Córrego Taquarussu. As condições de vento e seca têm facilitado a propagação rápida das chamas, causando apreensão entre os moradores da região.
O prefeito de Camapuã, Manoel Nery, relatou que a topografia da área, com muitas furnas, tem dificultado o combate ao fogo. Inicialmente, uma equipe da prefeitura, composta por 20 pessoas, foi enviada para apoiar os proprietários rurais que já tentavam conter as chamas. No dia seguinte, o número de combatentes ultrapassava 50, incluindo voluntários e o Corpo de Bombeiros, que trabalharam na construção de aceiros para evitar a propagação do fogo. Equipamentos como patrolas, pás carregadeiras e caminhões com bombas de água também foram enviados para auxiliar nos esforços.
De acordo com Nery, o incêndio está a cerca de 30 quilômetros de Camapuã, e a coluna de fumaça é visível a longas distâncias. O governo estadual foi acionado e, inclusive, solicitou-se o uso de aeronaves para ajudar no combate ao incêndio, mas o pedido ainda está em avaliação.
A situação remete a um incidente similar ocorrido em 2021, quando um incêndio teve início na mesma localidade. O secretário de agronegócio, que está na área desde o início do incêndio, informou que muitos fazendeiros perderam todas as suas propriedades, com o fogo consumindo as áreas e matando inúmeros animais. A estimativa inicial é de que aproximadamente 3 mil hectares já foram afetados.
Além dos focos de incêndio em Camapuã e São Gabriel do Oeste, novas ocorrências foram registradas nesta quinta-feira (22) em outras regiões, incluindo fazendas próximas à BR-060, na saída para Chapadão do Sul, e às margens da MS-338, na saída para Ribas do Rio Pardo. Os moradores locais continuam preocupados com o avanço das chamas, que ameaçam novas áreas.