Aos 78 anos, 35 deles dedicados ao serviço público, “Zé Torim” tem muita história pra contar. Nascido em Mineiros (GO), filho de Joaquim Lourenço Carrijo e Plácida Rosalina Ferreira Carrijo, ele chegou em Costa Rica aos 12 anos de idade. Ao lado dos outros 12 irmãos, Zé cresceu na Fazenda Cabeceira da Vaca, localizada na saída para Figueirão. Ele se casou com Denir Rodrigues Carrijo, com quem teve 3 filhos, e celebrou ao lado dela 53 anos união no último dia 25.
Zé Torim conta quem ingressou na prefeitura em 6 de abril de 1977, quando Costa Rica ainda era distrito de Camapuã. Nesta época ele era motorista de um caminhão pipa. Com a emancipação político-administrativa de Costa Rica, em 12 de maio de 1980, o servidor permaneceu no município atuando no mesmo cargo.
Orgulhoso, o servidor diz que acompanhou a gestão do primeiro prefeito nomeado, João Gomes Sobrinho, que governou de 1981 a 1983, depois as eleições diretas que elegeram Laerte Paes Coelho pra gestão de 1983 a 1988 e em seguida de Roberto Rodrigues, que governou de 1989 a 1992.
O motorista também atuou na gestão de Getúlio Ribas em 1993 que dividiu seu mandato com o vice, Laurindo Correia de Oliveira, até 1996, logo após com José Barbosa Batista, o Jucão, entre 1997 e 2000, e depois por 8 anos seguidos ao lado de Waldeli dos Santos Rosa, entre 2001 e 2008. Zé Torim se aposentou em 2012 após a gestão de Jesus Queiroz Baird.
Depois do antigo pipa, Zé Torim foi dirigir uma ambulância, em seguida um caminhão basculante até chegar no transporte escolar, onde mais se realizou profissionalmente.
“Trabalhei mais de 20 anos transportando alunos, não foi fácil não, era bastante aluno dentro de um veículo pequeno, a criançada naquela euforia, mas compensa enfrentar o serviço, quando eu aposentei senti falta até dos colegas”, relembra ele com alegria.
Zé transportou alunos tanto de Kombi, a popular “perua”, como de ônibus. Um deles foi o famoso azulão, um veículo adquirido na gestão de Roberto Rodrigues para o transporte da zona rural até as escolas da cidade. “Quando aumentou a linha e não tinha como trazer todos os alunos todos o prefeito comprou esse ônibus azul para gente trabalhar”.
Porém, o servidor conta que nestes 35 anos nem tudo foram flores. “Quando um novo prefeito entra eles querem fazer algum tipo de mudança e eu por ser motorista né, uma vez me colocaram pra ser piloto de carriola. Eu poderia ter questionado, mas sempre escolhi ser obediente, segui as ordens e logo voltei a ser motorista de novo, larguei a carriola”, revela Zé com humor.
Questionado sobre que conselho daria aos servidores que estão entrando agora, “Zé Torim” foi bem categórico, “ter humildade no coração, ser responsável, fiel ao seu trabalho e ter perseverança”.
Por fim, “Zé Torim” matou a curiosidade de muitos costarriquenses, contando de onde veio o apelido que ganhou aqui na cidade que ganhou seu coração. “Uma vez um amigo me disse, rapaz você mora num lugar que chama Cabeceira da Vaca, onde tem vaca tem que ter um tourim. Eu nem dei a bronca e o apelido Zé Torim já pegou”, finalizou ele com risos.