Uma nota técnica da Secretaria do Tesouro Nacional, pertencente ao Ministério da Economia, mostra que Mato Grosso do Sul está com as contas em dia.
A nota revela que o Estado é bom pagador e pode receber grandes investimentos.
Em termos de finanças, Mato Grosso do Sul é “nível A” e, partir de agora, poderá atrair os holofotes de investidores em todas áreas as potencialidades econômicas, o que inclui, agropecuária, indústria, comércio, serviços, além de infraestrutura ferroviária, rodoviária e geração de energia.
A nota técnica considera três indicadores. No endividamento, são levados em conta as variáveis dívida consolidada e receita corrente líquida.
A dívida do Estado sem encontra hoje em R$ 9 bilhões e a receita corrente líquida está em R$ 15,8 bilhões, tendo 2021 como ano-base.
Por este aspecto, a dívida corresponde a 57,38% da receita corrente.
O segundo indicador é a poupança corrente.
Neste indicador são consideradas as variáveis despesa corrente e a receita corrente ajustada.
A despesa ficou em 86,4% da receita, comprovando que o Estado de Mato Grosso – mais uma vez – tem capacidade de pagar.
Nos anos de 2019, 2020 e 2021, 2021, a despesa corrente foi – respectivamente – de R$ 15, 6 bilhões, R$ 16,4 bilhões e R$ 19 bilhões.
Já a receita corrente austada – nos últimos três anos – foi de R$ 16,9 bilhões, R$ 19,4 bilhões e R$ 22,4 bilhões.
Isso significa que, no último triênio, na pior das hipóteses a receita ficou R$ 1,3 bilhão acima da despesa.
Já na melhor situação, a receita foi superior – à despesa – em R$ 3,4 bilhões.
Após a comprovação de que Mato Grosso do Sul é financeiramente saudável, a nota técnica incluiu ainda o indicador liquidez.
Nesta avaliação, com 2021 sendo o ano-base, foram observadas as variáveis obrigação financeira e disponibilidade de caixa. Resultado: Mato Grosso do Sul se saiu ainda merlhor.
Enquanto as obrigações ficaram em R$ 503,9 milhões, a disponibilidade ficou em R$ 3,4 bilhões.
Isso quer dizer que as obrigações financeiras de Mato Grosso do Sul representam apenas 14,49% dos recursos que estão em caixa.
Esse conjunto de números mostra que a estabilidade fiscal chegou ao Estado, que agora tem nota A na avaliação da Capacidade de Pagamento (Capag), da Secretaria de Tesouro Nacional.
A classificação foi enviada ao Governo do Estado na tarde desta segunda-feira (19) via ofício do Ministério da Economia e ainda será publicada no Diário Oficial da União.
O indicador da Capag foi criado pelo Tesouro Nacional para avaliar as condições financeiras de estados e municípios e verificar se há equilíbrio fiscal entre o que se arrecada e o que se gasta.
“Assumimos o Governo oito anos atrás com Mato Grosso do Sul na letra D, em último lugar no ranking. Depois de um trabalho intenso, conseguimos a nota máxima que coloca nosso Estado como uma potência econômico e financeira. Essa nota mostra que temos capacidade para pagar a dívida pública, cumprir com compromissos e ainda fazer investimentos. Demonstra ainda nossa seriedade com a administração pública”, destacou o governador Reinaldo Azambuja.
Fonte: Correio do Estado