Representates de entidades e órgãos integrantes do Comitê Municipal de Combate ao Aedes aegypti estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (11) para discutir o cenário epidemiológico das arboviroses e ações estratégicas de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, além de apresentar os resultados do Levantamento de Índice Rápido (LiRaa).
Durante a abertura, o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, lembrou que o Município enfrentou duas epidemias consecultivas de dengue nos anos de 2018 e 2019 e que o engajamento de toda a sociedade, bem como as iniciativas implementadas pelo Poder Público foram fundamentais para que houvesse uma redução no número de casos.
“Diante do cenário atual, onde vemos um aumento considerável em relação às notificações, a participação de todos se faz necessária. Por isso pedimos que as entidades públicas e privadas e sobretudo a população esteja envolvida. Cada um precisa fazer a sua parte para que a gente possa se manter livres desta doença (dengue), que pode levar a morte. Nós estamos fazendo a nossa parte e esperamos a colaboração de todos”, conclamou.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, explica que a melhor maneira de se evitar o mosquito Aedes aegypti é eliminando objetos que possam acumular água parada.
” A gente sempre reforçar para a população para que eliminem alguns materiais inservíveis que possam acumular água, como: bandejas de ar-condicionado, calhas, pneus velhos, caixas d’água destampadas, garrafas, vasos de flor e também recipientes jogados em lixo descoberto”, comenta.
As ações de rotina têm sido intensificadas, assim como outras estratégias têm sido utilizadas como o programa “Colaborador Voluntário”, que reúne mais de 300 instituições e empresas e o monitoramento da proliferação do mosquito com o uso das chamadas “Ovitrampas”, assim como o projeto Wolbachia que já está presente em 32 bairros da Capital.
Mosquito Zero
No dia 02 de maio a Prefeitura lançou mais uma edição da campanha “Mosquito zero – É matar ou morrer”, que vai percorrer de maneira simultânea as sete regiões urbanas e distritos do Município com ações de manejo e controle do Aedes.
Na 1ª semana de campanha, mais de 14 mil imóveis foram inspecionados e 10 mil depósitos potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti eliminados.
São cerca de 350 servidores da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/SESAU) mobilizados nas ações que acontecem nesta primeira etapa até o dia 14 de maio nos bairros: Guanandi, Jardim dos Estados, Tijuca, Panamá, Novos Estados, Nova Lima, Itamaracá e Rita Vieira.
Dados epidemiológicos
De 01 de janeiro a 10 de maio foram notificados 4.210 casos de dengue e três óbitos provocados pela doença em Campo Grande. Somente no mês de abril foram 1.697 casos, o que representa quase 50% de aumento em relação ao mês período do ano passado, onde houveram 828 notificações da doença. Os casos de Zika e Chikungunya se mantêm estáveis, com 6 e 42 registros, respectivamente, de 01 de janeiro a 10 de maio de 2022.
Notificações por bairros
Sete bairros e parcelamentos de Campo Grande encontram-se com índices considerados muito altos, conforme mapa de notificações da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), referente a semana 13 a 16. São eles: Jardim Noroeste, Maria Aparecida Pedrossian, Rita Vieira, Tiradentes, Cruzeiro, Nova Lima e Novos Estados. Outros 22 apresentam índice alto, 35 moderado, oito baixo e apenas 1 ( Jardim Bela Vista), com nenhuma notificação.