Na última sexta-feira, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a continuidade da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. A retomada do projeto, paralisado há quase uma década, prevê investimento de R$ 3,5 bilhões e a criação de 8 mil empregos temporários na fase de construção, além de 600 vagas permanentes na operação da unidade, que será a maior produtora de ureia e amônia da América do Sul.
A estatal busca agora parceiros de mercado para viabilizar a finalização da planta, localizada estrategicamente na rota do gasoduto Bolívia-Brasil. A unidade utilizará cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia para produção, mas a Petrobras considera fontes alternativas, caso haja interrupções no fornecimento boliviano.
O projeto de reativação da UFN3 faz parte do Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras e tem como objetivo reduzir a dependência nacional de fertilizantes importados. Desde a paralisação, a obra sofreu com desvalorização estrutural, e novos trabalhos serão necessários para garantir a segurança da construção.
A UFN3 deverá entrar em operação até 2028, e a Petrobras deve iniciar em breve os processos de contratação para a conclusão da obra. As negociações para firmar parcerias de mercado devem se estender até o primeiro semestre de 2025, garantindo a atração de investidores interessados em finalizar o projeto, que é uma das prioridades do atual governo federal.