Mayara Rodrigues, irmã de Marielly Barbosa Rodrigues, 19, afirmou que nunca presenciou nenhuma situação que a fizesse desconfiar que o seu então marido, Hugleice de Souza, teria envolvimento com a vítima.
Hugleice é julgado nesta quinta-feira (15). Segundo denúncia, ele teria engravidado a cunhada e a levado para fazer um aborto em Sidrolândia, em 2011.
O procedimento deu errado, Marielly morreu e teve o corpo escondido em um canavial. Além de Hugleice, o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, que teria feito o procedimento, também responde pelo crime.
A irmã de Marielly, que era casada com Hugleice e hoje mora no Mato Grosso, prestou depoimento por videoconferência.
Durante o testemunho, ela chorou e disse que nunca desconfiou de nada e nunca testemunhou nada que indicasse um possível relacionamento do marido com a irmã.
Ela, que também foi vítima de Hugleice, que tentou matá-la com uma facada no pescoço em 20018, disse que atualmente faz tratamentos psicológicos devido às situações de dependência que teria passado.
Ela afirma que tenta entender como “nunca conheceu o homem que vivia com ela”.
Com relação ao caso de Marielly, Mayara afirma que quando ainda não tinha sido encontrado o corpo e acreditava-se que a vítima estava desaparecida, ela nunca desconfiou que o marido poderia estar envolvido.
Quando o corpo foi localizado, Hugleice pegou ela e a mãe e foram para o Mato Grosso, e ela acreditou que se seria para velar o corpo na região do Alto Taquari, onde eles tinham família.
Ainda segundo a irmã, assim que o marido foi apontado como o principal suspeito do crime, ele alegou à família que era mentira e que ele estava sendo incriminado.
Mayara e a mãe acreditaram na versão do acusado.
Ainda no depoimento, Mayara afirma que Hugleice disse que Marielly engravidou do filho de um patrão.
Ela chorou muito em várias momentos e disse que jamais imaginou que o marido teria feito o que estava sendo acusado, desde o caso extraconjugal até o crime.
“Nunca desconfiei de nada, ele dizia que era vítima”, afirma.
Com relação à tentativa de homicídio que sofreu em 2018, Mayara diz que estava deitada quando Hugleice chegou, disse que ela iria morrer e deu uma facada no pescoço dela.
Ela levou 39 pontos
Pela tentativa de homicídio, ele foi condenado a 12 anos de prisão, em 2020, e cumpre a pena no Mato Grosso.
O julgamento começou por volta das 9h desta quinta-feira e deve durar o dia todo.
Antes da irmã da vítima, a investigadora Maria Campos prestou depoimento e contou como a polícia chegou até a autoria do crime.
Fonte: Correio do Estado