Policiais da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), apreenderam mais de 4 mil mídias contendo pornografia infantil, durante a Operação Sentinela, realizada na manhã desta terça-feira (23).
Esses itens, conforme a delegada titular da DEPCA, Anne Karine Sanches Trevizan Duarte, pertenciam à três indivíduos – dois adolescentes, de 15 e 17 anos, e um adulto de 22 -, que foram levados para a Delegacia.
Ainda, a delegada aponta que, no total, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo que os três citados atuavam de forma “autônoma”, não compondo uma rede para a realização dos crimes.
Processo investigativo
Eles estavam sendo investigados há mais ou menos um mês atrás, um mês e meio. São pessoas que estavam armazenando e disponibilizando conteúdo, de nudismo ou de sexo explícito com adolescentes.
Investigados pelo próprio núcleo de investigação da DEPCA, foi constatado um grande volume de compartilhamento de conteúdos feito pelos indivíduos.
Ainda, a delegada descarta a possibilidade de que esse material era, de alguma forma comercializado, sendo que os vídeos, segundo Anne Karine, eram “compartilhados livremente”, pelos indivíduos.
Quantidade e punições
Sendo que, até o momento, mais de quatro mil vídeos e fotos foram apreendidos pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, a delegada pontua as possíveis penas aos indivíduos pegos na Operação Sentinela.
Dependendo do crime, se for arquivar ou disponibilizar, é de 1 a 4 anos; se for o disponibilizar é de 3 a 6 anos. Agora os computadores e celulares serão encaminhados à perícia.
Quanto aos procedimentos relativos aos dois adolescentes, ela explica que serão encaminhados à DEAIJ (Del. Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), posteriormente.
“E o maior vai ficar conosco. Já iniciamos hoje, com o material apreendido, novas diligências de outras pessoas, que estão praticando os abusos sexuais na internet”, comenta.
Ela ainda relata que, os crimes de abuso sexual através da rede de computadores é o principal, porém não único, escopo da investigação, e que a preocupação deve ser de todos.
“Vimos nesses mandados de busca e apreensão que tivemos dois adolescentes. É muito importante que esses pais zelem, cuidem e observem mais o que os filhos estão fazendo”.
Por fim, Anne Karine pontua que, sem um perfil semelhante apresentado entre os indivíduos, fica difícil para a sociedade, como um todo, classificar de onde possivelmente pode vir o mal.
“Não, infelizmente não. Não tem um padrão. Então, realmente, pode ser qualquer pessoa”, finaliza.
Fonte: Correio do Estado