Suetônio Pereira Ferreira, de 59 anos, foi condenado nesta quarta-feira (23) a cumprir 19 anos de prisão pelo feminicídio de Regiane Fernandes Farias, morta aos 39 anos. O acusado assassinou a ex-namorada a tiros no dia 18 de janeiro de 2020, sendo o primeiro feminicídio registrado naquele ano em Campo Grande.
O Conselho de Sentença decidiu, por maioria, condenar Suetônio pelo feminicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Conforme a sentença do juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o réu cumprirá 19 anos de prisão, com regime inicial fechado.
Regiane foi assassinada na frente da floricultura em que trabalhava, no Carandá Bosque. Familiares que acompanharam o júri disseram ao Midiamax que não sabiam do relacionamento da vítima com Suetônio. Em depoimento no plenário, o réu disse que tinha comprado a arma dias antes do crime.
Ele afirmou ainda que pensou em cometer suicídio e que estava com depressão. O réu ainda alegou que tinha marcado casamento com a vítima para abril de 2020, no entanto a informação é de que o casal já não estava mais junto no dia do crime, sendo que ele teria cometido o feminicídio por não aceitar o fim do namoro.
O crime aconteceu por volta das 8 horas da manhã do dia 18 de janeiro de 2020, quando a florista chegava ao trabalho e o ex-namorado já estava a sua espera e armado. Um colega da vítima contou que, quando Regiane chegou, o ex-namorado desceu do carro armado.
Ele teria colocado todos os funcionários do local dentro de uma van, quando Regiane saiu para conversar e foi atingida pelos disparos, que conforme o laudo necroscópico constatou entre 5 a 7 tiros. Regiane foi ferida perto do pescoço e, em seguida, Suetônio deu um tiro no próprio ouvido.
Na época ele ainda chegou a ficar internado no hospital. A arma usada no foi um revólver calibre 44, apreendido pela polícia.
Fonte: Midiamax